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Gestação e Puerpério: Aspectos Emocionais

Gestação e Puerpério: Aspectos Emocionais

Por Lilian Parra

Sem dúvidas, o momento em que uma nova vida está sendo esperada por uma família emana uma avalanche de sentimentos e emoções que tomam conta de todos, a euforia, as expectativas que já são colocadas naquela criança que ainda nem chegou, deixam todos extasiados, principalmente quando aquele bebê foi muito esperado. Mas além dos familiares como os avós, tios e agregados, certamente os pais do novo bebê são os que mais se enchem de ansiedade e questionamentos.

Por isso é importante se preparar para a nova rotina que está chegando e buscar ajuda profissional para saber lidar com a grande carga emocional que envolve esta nova empreitada. Para facilitar, vamos pensar um pouco sobre as nossas concepções acerca da maternidade? Muitas vezes somos cercados por conceitos idealizados de maternidade e relação mãe-filho, conceitos estes que aprendemos na nossa cultura, que vemos nos comerciais de TV e na mídia em geral, que muitas vezes mostram apenas o lado romantizado da situação.

Quem é mãe sabe que não é bem assim. Não necessariamente nascemos com o tal “instinto materno”, e quando a mulher se depara com aquele bebê totalmente depende dela, surge sim o medo, a insegurança, o cansaço e o estresse, e… tudo bem! Você não precisa ser a “mulher perfeita”, pois ao contrário do que as vezes somos influenciadas a pensar, este tipo de mulher não existe.

JP em seu primeiro dia!

É fundamental que a nova mãe possa ser cuidada para estar bem e assim poder cuidar de seu bebê. A ajuda de uma rede de apoio (marido, mãe, sogra, etc.) é fundamental, e procurar na medida do possível, dormir, se alimentar bem e se sentir amparada pode fazer toda a diferença.

 

A gravidez é um período de transição, de metamorfose, período de iniciação. E como em todas as experiências de iniciação, não se sai do mesmo modo que entrou.”

Francine Dauphin

Nos primeiros meses de gestação, a modificação da imagem do corpo pode ser angustiante e desestabilizante para algumas mulheres, a família começa a se empenhar para a criação de um espaço (físico e emocional) para a chegada do filho e a mulher passa por uma intensa alteração física e psíquica, como por exemplo, os enjoos e desejos. A descoberta do sexo do bebê e as imagens do ultrassom tornam a experiência mais intensa e real.

Quando a criança nasce temos a tendência de querer buscar respostas prontas e cuidados técnicos, mas é importante saber lidar com a imprevisibilidade e ter consciência que nem tudo pode sair do modo que planejamos (relação bebê real x bebê imaginado).

A idealização que a mulher faz de que precisa ser uma “mãe perfeita” pode trazer sentimentos de culpa, e querer dar conta de tudo mostra a vontade de se sentir capaz de cuidar. Mas é importante lembrar que, quando nasce um bebê, nasce também uma mãe, e não existe mãe perfeita, mas a mãe possível!

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